A postagem da madrugada

Deveria haver uma pesquisa, idealizada com certeza por algum japonês ou algum desconhecido instituto de pesquisa europeu, que comprovasse que são nas madrugadas que a maioria dos poemas são criados. Ou melhor, comprovar que são nas madrugadas que os blogs recebem mais atualizações e novas postagens. E isso seria só para comprovar mesmo, afinal, todos nós já sabemos que nos inspiramos naturalmente durante a noite, certo? Eu pelo menos sou assim. À noite me sinto quase uma Chico Xavier... RS

Eu nem ia escrever hoje... Na verdade eu teria que ter um dia exato para postar novidades e tornar este ChUpA pReGo algo digno de um portfólio... Mas minha criatividade não escolhe momento e sim uma hora exata em que só ela tem um relógio.

Mas uma coisa que eu devo confessar, minha criatividade anda conforme a trilha musical que estou ouvindo. A de hoje favoreceu para relatar temas amorosos... E como eu sou boemia, normalmente sempre escuto músicas caidinhas... E por isso falo tanto de amor, muitas vezes de um amor que eu só vi acontecer, outras de um amor que eu só imaginei como poderia ser e assim aleatoriamente, conforme me sinto.

Pra quem quiser saber, tá aí a dica musical de hoje. ‘A idade do céu’. Você pode escutar esta linda canção pelas vozes de Zélia Duncan, Moska e mais uma infinidade de artistas da nossa MBP, mas vou deixar aqui o vídeo da gravação que estou escutando agora.

http://www.youtube.com/watch?v=qnNCjtvAe7c

O legal é que eu só fiz uma observação do horário de postagens e uma confissão comprovando que sou brega... Mas tudo bem. Ouçam a trilha que eu indiquei que vocês vão se inspirar também e ao contrário da minha pessoa, escrever algo.

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Para o meu sorriso de menino

Adivinha quem é? É eu sei que você sabe...

Você é muito esperto, mais do que a maioria dos caras que eu conheci... Na verdade você é diferente. E isso não é historinha de quem já viveu o suficiente para saber como influenciar as pessoas. Você acredita nisso, sim? É, não estou usando da minha profissão para persuadir-te... Nem quero que as aulas de semiótica entrem em questão agora... Estou farta de Marshall McLuhan.

Esqueça...

Este é o meu mundo de farças e de momentos explosivos... Sou tudo isso mesmo. Essa união de sentimentos conturbados e vontades um pouco reprimidas. Mas também sou sua e isso lhe importa, certo? Assim como você também é meu, imagino...

Em algum momento você achou que seria fácil lidar comigo? Será que naquela noite enquanto passavamos ao telefone trocando receitas, ou melhor, você me passando as suas receitas, era só... Ah, tenho que parar de tentar tirar uma conclusão de tudo...

Só quero aqueles dias de volta... Assim como os telefonemas e bombons... Quero seu sorriso, o mais verdadeiro que já vi, quero seu abraço de gigante, seu colo pra me proteger, quero seus segredos, seus sonhos pra tentar sonhá-los também, quero seu jeitinho de menino, quero passar raiva quando você finje que está durmindo, quero nossas brincadeiras e as emoções que passamos devido a alguns riscos que decidimos assumir...

Eu quero você da cabeça aos pés. Quero cantar a “música a dois” enquanto você faz o jantar. Pra depois que a gente tirar sarro da vizinha sistemática, eu te abraçar e dizer que...

É só isso mesmo.

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É possível descobrir o perfil de alguém atraves da musica?

Sempre que escuto “Coisas que eu sei” lembro da última vez que eu fui pra Santiago –RS.

Saia de casa pra descobrir a cidade... Os trens.. As pessoas... Os sabores.

E essa é a magia da música. Elas marcam a gente. Ou será que elas é que ficam marcadas por nossas lembranças...?

Existe uma música para cada um de nós.

“Há uma para você que inclusive eu já cantei, há uma para mim que ainda descubrirei".

Decifro as pessoas pelo o que elas gostam de escutar--

Aos gatinhos do dance: Uma esperança de conhecer o amor da sua vida em uma balada, msm que não assuma.

Aos lindinhos do pagode: Uma chance para esconder suas tristezas nas alegres melodias embaladas pela cuíca.

Aos intensos metaleiros: Camuflar suas doces vontades em movimentos e feições que demonstram força e masculinidade.

Aos românticos MBp's: Dizer com todas as letras que ama e que mesmo sem alguém do lado é um eterno apaixonado.

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Que não passe de um acorde

Meu coração dói.

Sua natureza me instiga, perturba e fere-me, intensifica-me.

Assunta-me de intenso, me fere de vontade, me perturba com o seu nome.

Você me inspira e me destrói.

Se eu mudo pra te convencer.

Se eu jogo pra te perder.

Se eu minto pra te deter.

Você acredita.

Você ganha.

Você leva a melhor e escapa.

Esquece! Mas tem que ser agora. Porque se for 7 minutos depois eu mudo de ideia.

Esquece! Dê as costas!

Vá canalhar disfarçadamente que isso me encanta.

Você nem é malandro e ginga como um mestre sala.

Não usa de nenhum artifício carnavalesco e ainda rege toda uma escola de samba.

Meu mundo é quase todo de você.

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BBB - Sinceramente?

Bom, como vocês sabem, ou ao menos deveriam saber, vai começar mais um BBB. O que é o BBB? O BBB é um reality show criado por John de Mol, um sujeito que eu não conheço, mas admiro, pois conseguiu fazer fortuna em cima da inocência (em alguns casos, imbecilidade) de milhares de pessoas: os espectadores do BBB. Bom, vamos ao que interessa. Nunca consegui entender o modo de seleção dos candidatos, e a tentativa (sempre fracassada) de ‘inclusão’ deles. Sério, eles acham que colocar UM negro dentre 14 participantes é uma inclusão? Na minha opinião não. E porque apenas UM homossexual? Se não me falha a memória, apenas um homossexual ganhou o BBB até hoje, o professor Jean Wyllys. Apesar de que o Jean era chato pra cacete, e usou a desculpa de ‘Ah, tentaram me tirar porque sou gay’, e com isso venceu o programa. Mas TODOS os outros foram eliminados no decorrer do jogo, por isso acho que um maior número de homossexuais significaria banir o preconceito, até mesmo de uma forma que os espectadores, conhecendo a pessoa no seu dia-a-dia na casa entendam que a opção sexual de uma pessoa não influencia no seu caráter. Não podemos esquecer a tentativa ridícula de inserir coroas no jogo. Sinceramente, BBB é um lugar pra pessoas novas e fúteis, e não pra bacanas de meia-idade. Eu tento fugir dos estereótipos, tento não escrever a mesma coisa todo ano, mas o Boninho não me ajuda. É sempre a mesma coisa: um negro, um gay, uma loira gostosa que todo mundo quer pegar, um bonitão que todas as mulheres querem (e ele geralmente fica com duas), uma senhora quarentona, uma morena jeitosinha que se acha mais gata que a loira, um bobão que vira amigo da gostosa, e o resto é só pra fazer figuração e ser eliminado nas primeiras semanas, até porque ninguém vai lembrar mesmo. Agora vem uma parte crítica: O Pós-BBB. O que tem de ex-BBB por aí é uma coisa incrível, afinal, em cada edição temos treze participantes descartados, e todos eles se transformam em ex-BBB’s. Não conto os vencedores porque eles são ex-pobres e atuais milionários. Alguns deles não souberam lidar com tanto dinheiro e estão iguais (ou pior) do que antes de entrar na casa. O engraçado é essa ‘classe’ que já teve seus quinze minutos de fama, e se transforma em arroz-de-festa. Lembram da gostosa que eu citei no parágrafo anterior? Então, ela agora está na capa da Playboy. Ninguém se lembra do negro, todos esqueceram do homossexual, o coroa tá curtindo a aposentadoria. E a pessoa sem instrução tá assistindo TV Fama pra saber o que o seu ex-BBB favorito anda fazendo. Você que está lendo isso agora, reflita consigo mesmo: o que o BBB acrescenta em suas vidas, no que ele te beneficia? Eu sei que, pra uma pessoa que não tem estudos e tem a televisão como único modo de informação, é complicado compreender isso. Mas eu penso que quem acessa esse blog tem opinião própria e discernimento suficientes pra entender que isso é pura perda de tempo.

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Um dia quente

Todo fim de ano é assim: Você promete que vai entrar na academia e se alimentar melhor, que vai estudar mais e tentar, sei lá, um concurso público, que vai se “importar menos com problemas pequenos”, sair com velhos amigos e fazer novas amizades, amar só quem te ama, festar pra caramba e experimentar bebidas diferentes, conhecer novos lugares, ligar para seus pais pelo menos duas vezes na semana, ir à missa ou freqüentar qualquer outro ambiente que explique o porquê de termos fé que algo sobrenatural resolva nossos problemas, fazer um trabalho voluntário e etc, etc, etc...

Nem sempre foi assim, mas depois que eu comecei a conviver com muita juventude enlouquecida, comecei a pensar um pouco mais deste jeito. Acho que sem querer, libertei de mim uma parte desta juventude ao me deparar com tanta gente estranha. E o pior, gostei.

Gostei até de ter aquela deliciosa dor de cabeça depois de misturar energético com wyski, de abrir os olhos e dar risada com algumas das cenas que eu pude lembrar da noite anterior, de tomar banho e descobrir hematomas vindos sei lá de onde, de coisas que tive a coragem de dizer e fazer e inventar e destruir e terminar e...

Sabe, foi com esta juventude, que eu conheci em 2010, que aprendi muita coisa, a maioria sem serventia alguma, mas até disso tirei algum proveito.

De 2010 espero guardar só o que fizer a diferença nos anos seguintes: Amigos, trabalho, apoio familiar, novos aprendizados... Porque de resto...

Sei que vai depender de mim fazer um 2011 MA-RA-VI-LHO-SO.

Deixo agora o meado desta minha inspiração momentânea. Um conselho dado por um dos meus melhores presentes de 2010.

“O lance de deixar acontecer é se tornar passivo de uma situação.

 Querendo ou não, minha amiga, nós somos pessoas de ação.

 Que se defendem atacando.

 Deixar acontecer, para nós, é tomar atitudes sem pensar.

 Porque se pensarmos, não tomamos”.

 Juba Tomassini

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Verdadeiras Virgens

Linda é uma garota muito bela. Cabelos negros, ondulados, repicados na altura do ombro; um corpo esbelto da cor de mel do campo e um “jeitinho” de ser digno de uma típica profissional do sexo. Seus 17 anos de idade não cabem dentro de uma vida tão experiente açoitando homens com seus olhares insinuantes.

Quem comprova isso é o Seu Gomes, motorista do 307, que todo dia às quinze para uma da tarde, analisa detalhadamente seus movimentos.

1º. Ela sobe as escadas do ônibus de bumbum empinado para quem quiser.

2º. Demora a tirar o passe da bolsa e fingindo ser uma novata em movimentos conflituosos, esbarra nos que passam.

3º. Procura um lugar estratégico para sentar-se, ou melhor, uma companhia.

Em dias especiais, ela senta em um banco duplo, vazio ao lado da janela, tira seu batom vermelho bordô da bolsa e fica a viajem inteira se admirando no espelho ao passar o cosmético. É a sua tática.  Sua jogada quase “sem-querer-querendo”. Uma morena passando batom com lindas pernas de fora.

Mas coitado de quem tentar ir além da imaginação...

Ela é bicho de olhar sedutor que foge com movimentos bruscos.

Ela é flor iluminada de beleza que se encolhe ao toque.

“Há quem goze da santidade para aproveitar momentos convenientes e libertar seus monstros. Outras preferem brincar com a imaginação alheia, mas lá no fundo são as verdadeiras virgens”.

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